Convento de Cristo
A Ordem do Templo foi extinta em 1312. Em Portugal, os bens e parte da sua vocação seriam herdados pela Ordem de Cristo, criada a instância de D. Dinis. Consolidas as fronteiras do País, a nova ordem, religiosa militar desempenhou importante papel na expansão ultramarina. A gradual necessidade de adaptação da nova Ordem às mudanças sociais provocou sucessivas reformas espirituais. A alteração implicaria a realização de diversas campanhas de obras. Após a extinção das ordens religiosas, em 1834, foi parcialmente alienado a António Bernardo da Costa Cabral. A residência privada do marquês e conde de Tomar foi readquirida pelo Estado, em 1933. Em 1993, o Convento de Cristo foi classificado Património Mundial pela Unesco, em conjunto com o Castelo Templário.
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1 - Claustro da Lavagem – a construção deste claustro de dois pisos foi iniciada cerca de 1426 e concluída em 1453. Aqui os donatos – serviçais sem ordens religiosas ou votos – procediam aos trabalhos domésticos e à lavagem dos hábitos nos tanques do piso térreo.
2 - Piso superior do Claustro da Lavagem – escadaria da entrada vista da janela.
3 - Piso superior do Claustro da Lavagem – banco ao lado da janela, com vista das ruínas do castelo.
4 - Os dois pisos do Claustro da Lavagem.
5 - Corredor do Claustro da Lavagem.
6 - Claustro do Cemitério.
7 - Claustro do Cemitério – construído por Fernão Gonçalves durante o período em que o infante D. Henrique foi Governador e Administrador da Ordem de Cristo (1420 – 1460). Serviu de local de procissões e de enterramento dos frades cavaleiros e dos frades de clausura. Foi remodelado nos inícios do século XVII (campanha filipina).
8 - Claustro do Cemitério.
9 - Capela dos Portocarreiros – Capela de António Portocarreiro, mulheres e descendentes datada de 1626. Apresenta o interior revestido por azulejos seiscentistas – em “ponta de diamante” e “tapete” – e setecentistas, estes últimos compostos em onze painéis historiados com cenas marianas e da vida de Cristo.
10 - Sacristia Nova – Foi construída em finais do século XVI pelo mestre de obras do Convento, Francisco Lopes, durante o priorado de Frei Adrião Mendes (1575-78). Neste local funcionou anteriormente a casa do capítulo henriquina (século XV). Entre 1629-30 beneficiou de obras de unificação estilística, conduzidas pelo arquiteto da Ordem, Diogo Marques Lucas.
11 - Sacristia Nova - A abóbada revela um programa iconográfico da época filipina, com a nova cruz da Ordem de Cristo, a esfera armilar e as armas reais.
12 - Escadaria no interior do convento.
13 - Escadas em espiral ocultas nos cantos conduzem ao Terraço da Cera.
14 - Saída da escada espiral para o Terraço da cera, há duas escadas em espiral para o Terraço.
15 - Claustro Principal – iniciado por João de Castilho em 1530-1533, durante a campanha de D. João III, foi parcialmente demolido e substituído pelo atual, projeto de Diogo de Torralva, e concluído no essencial em 1562. Em finais do século XVI recebeu obras do arquiteto italiano Filipe Terzi. É considerado obra-prima do Renascimento europeu.
16 - Corredores do claustro principal.
17 - Corredor do claustro principal.
18 - Claustro da Hospedaria – Construído em 1541 – 1542., especialmente destinado a albergar temporariamente os hóspedes e peregrinos. No piso superior hospedavam-se os de maior estatuto da criadagem, as cavalariças e os acessos à enfermaria e portaria.
19 - Claustro da hospedaria.
20 - Claustro de Santa Bárbara – a construção do Claustro Pequeno, como foi originalmente conhecido, iniciou-se em 1531, durante a campanha de obras do arquiteto João de Castilho, passando desde então a funcionar como espaço de distribuição no interior do Convento.
21 - Janela Manuelina ou Janela do Capítulo.
22 - Janela Manuelina – atribuída a Diogo de Arruda, é um dos mais originais exemplos do tardo-gótico manuelino, executada entre 1510 – 1513. Desenvolve motivos hiper-realistas, simbolizando a Árvore da Vida e o Tronco de Jessé, segundo os temas das Escrituras Sagradas. É indissociável da fachada ocidental da igreja que reflete iconograficamente o programa “imperial” de D. Manuel e da Ordem de Cristo.
23 - Refeitório.
24 - Refeitório – Obra de João de Castilho, concluída entre 1535-1536, de acordo com as inscrições nos púlpitos (destinados à leitura durante a refeição). A atual organização das mesas é do tempo do Seminário das Missões (1922-1992). Tem uma antecâmara que servia de aparador e que comunicava com a cozinha.
25 – Cozinha ao fundo e antecâmara.
26 - Cozinha.
27 - Adega de azeite - a conversão das antigas dependências conventuais em armazéns de azeite foi empreendida depois da aquisição de uma parte do edifício, em 1843, por António Bernardo da Costa Cabral, conde de Tomar. Dispunha de vinte e oito talhas e de seis tanques para azeite.
28 - Claustro da Micha – Concluído entre 1543 – 1550, deve o nome aos pedaços de pão que aqui eram distribuídos aos pobres. O portal quinhentista que dá acesso ao exterior, desenhado por João de Castilho, é oriundo da primitiva portaria e foi para aqui transferido em 1620.
29 - Claustro dos Corvos – Desenho de João de Castilho, edificado em duas fases, entre 1537-1539 e 1543-1546. Trata-se de um espaço de recolhimento, evidenciando a natureza das funções colegiais, leitura e oração. A antiga livraria e o scriptorium situavam-se na ala sul, junto da primitiva Casa de D. Prior.
30 - Claustro dos Corvos.
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