O Museu de São Roque, também chamado de Museu de Arte Sacra de São Roque, possui uma colecção de arte sacra do espólio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
O Museu de São Roque está instalado no espaço da antiga Casa Professora da Companhia de Jesus em Lisboa, edifício contíguo à Igreja de São Roque. Abriu ao público em 1905 com a designação de Museu do Thesouro da Capela de São João Baptista, em invocação da importante coleção de arte italiana que está na origem da sua criação.
São Roque – Portugal, século XVI (início). Calcário policromado. Escultura proveniente do antigo postigo de São Roque, situado na Torre de Álvaro Pais da muralha fernandina de Lisboa, representando o santo peregrino na sua tradicional iconografia. Resistiu intacta ao terramoto de 1755, tendo transitado para a Misericórdia de Lisboa em 1835, na sequência da demolição da citada torre e do antigo postigo de São Roque.
Ao fundo do corredor, à direita, esculturas de São Francisco Xavier e Santo Inácio de Loyola. Trabalho português de influência namban, c. 1600. Madeira estofada e policromada.
Companhia de Jesus – criada em 1534 por Santo Inácio de Loyola e aprovada pelo Papa Paulo III em 1540, estabelecendo-se, nesse mesmo ano, em Portugal, em virtude do apoio que obteve do Rei D. João III (1521-1557) e da Rainha D. Catarina de Áustria, bem como de outras importantes figuras da realeza e da Igreja, entre as quais o nobre castelhano São Francisco de Borja, Terceiro Geral da Ordem. Em Lisboa, os padres inacianos escolheram o local da Ermida de São Roque para construir a sua casa professa. Na foto da esquerda para direita, Santo Inácio de Loyola (sec.XVII – início), Rei D. João III (c. 1550-1560), Rainha D. Catarina de Áustria (c. 1550-1560) e São Francisco de Borja (c. 1630).
Esculturas de Roca – Portugal, século XVII/XVIII. Madeira policromada. Conjunto de esculturas de roca, de membros articuláveis, de forma a permitir que fossem vestidas. Este gênero de produção surge fundamentalmente no século XVII, quando, na produção de estatuária, se procurava a exaltação do realismo.
Cristo crucificado – Portugal, século XVII/XVIII, madeira policromada. Nossa Senhora da Piedade – Portugal, século XVII (meado), madeira estofada e policromada. Cristo Morto – Portugal, século XVI/XVII, madeira policromada.
Descida da Cruz – Portugal, século XVII – óleo sobre tela.
Oração de Cristo no Horto – autoria de Simão Rodrigues /Domingos Vieira Serrão – Portugal, 1600-1610 – óleo sobre madeira.
Descida da Cruz – Flandres (?), século XVII (?), óleo sobre madeira.
Da esquerda para direita: São João Baptista – Antônio Ferreira, Portugal, século XVIII (2ª metade), terracota policromada. São Sebastião – Portugal, século XVIII (2ª metade), madeira policromada e dourada. Santo Amaro – Portugal, século XVIII (2ª metade), madeira estofada e policromada. Santa Teresa de Ávila - Portugal, século XVIII (2ª metade), madeira estofada, policromada e prateada.
Oferta ao Deus desconhecido – Ian Frans Cornelissen, Antuérpia, 1662-1678, fios de seda policromos, ouro e prata.
Da esquerda para a direita: São Joaquim, Santa Maria Madalena , São José, São João Baptista e Santa Ana. – André Gonçalves, Portugal, c. 1750-1760, óleos sobre tela, 150 x 92 cm.
Brasão da Santa Casa da Misericórdia, que se encontra no teto da sala.
Imposição da Regra por Santa Teresa de Ávila – Pedro Alexandrino de Carvalho, Portugal, século XVIII (2ª metade), óleo sobre tela.
São Sebastião – Joaquim Manuel da Rocha, Portugal, século XVIII (2ª metade), óleo sobre tela.
Vitrine com peças sacras em ouro.
Vitrine com peças sacras em prata – da esquerda para direita: Concha-lavanda (final do século XVIII), Naveta (século XVIII), turíbulos (século XIX – c.1810-1843) e caldeirinha e hissope (século XIX).
Santa Ana e São Joaquim – Portugal, c. 1700, terracota policromada e dourada.
Cerimónia do lava-pés – Simão Rodrigues/ Domingos Vieira Serrão, Portugal, 1600-1610, óleo sobre madeira.
Esquerda para direita: Adoração dos Pastores – André Reinoso, Portugal, século XVII, óleo sobre madeira. Menino Jesus – Portugal, século XVIII, madeira policromada. Nossa Senhora com o menino – Inácio Oliveira Bernardes, Portugal, c. 1740, óleo sobre cobre.
Arca – China, Macau (?), século XVII, madeira lacada, incrustações de madrepérola e ferragens metálicas. Mesa – J. G. Ferreira, Portugal, Lisboa, 1875, Madeira, goma laca, incrustações de madrepérola.
Espelhos – Portugal, século XVIII, madeira entalhada e dourada.
Modelo da Capela de São João Baptista – Giuseppe Palms, Giuseppe Fochetti, Giuseppe Voyet e Genaro Nicoletti, Itália, Roma, 1744-1747, Nogueira policromada e dourada, pintura sobre cobre, 140 x 93 x 86 cm.
Frontal de Altar – Ourives Antonio Arrighi segundo modelos dos escultores Agostinho Corsini para a cena do Apocalipse e Bernardino Ludovisi para os dois anjos que ladeiam o relevo. Itália, Roma, 1744-1750. Prata branca, repuxada e cinzelada, bronze dourado, lápis-lazúli. 230 x 112 cm.
À direita, Par de Tocheiros – Ourives Giuseppe Gacliardi e Leandro Gagliardi, segundo modelos do escultor Giovanni Battista Maini. Itália, Roma, 1749. Prata e bronze fundidos, cinzelados e dourados. 285 x 105 x 105.
1 comentário:
Glória, que museu sensácional. De pensar que tive por vezes em Portugal e não o visitei. Parabéns pelas fotos e postagens.
Alexandre www.pelomelhordavida.blogspot.com)
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