O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido como Mosteiro da Batalha, situa-se na Batalha, e foi mandado edificar por D.João I de Portugal como agradecimento à Virgem Maria pela vitória na Batalha de Ajubarrota. Este mosteiro dominicano foi construído ao longo de dois séculos, desde o início em 1386 até cerca de 1517, ao longo do reinado de sete reis de Portugal, embora desde 1388 já ali vivessem os primeiros dominicanos. Exemplo da arquitetura gótica tardia portuguesa, ou estilo manuelino.
O Mosteiro de Santa Maria da Vitória ou da Batalha.
Outra perspectiva do Mosteiro de Santa Maria da Vitória ou da Batalha.
Mosteiro de Santa Maria da Vitória ou da Batalha.
Estátua de D.Nuno Alvares Pereira (também conhecido como o Santo Condestável, São Nuno de Santa Maria, ou simplesmente Nun'Álvares . Foi um nobre e guerreiro português do século XIV . Foi também Condestável de Portugal, Mordomo-mor da Corte, 2.º conde de Arraiolos, 7.º conde de Barcelos e 3.º conde de Ourém.
Porta Principal da Igreja - O pórtico de entrada do Mosteiro obra de Huguet, único na história da arte portuguesa, ostenta um complexo programa iconográfico.
A abertura colocada sobre a porta principal da igreja monástica , constitui na verdade , uma ampla janela envolta exteriormente por um arco contracurvado . Dentro desta janela introduziu uma rosácea.
Porta principal da igreja - .No tímpano, Cristo rodeado por 4 Evangelistas.
De cada lado da entrada, debaixo de baldaquinos de lavor requintado, perfilam-se os Apóstolos, seis de cada lado, dispostos sobre bases que assentam em mísulas historiadas.
Por cima dos Apóstolos, dispõe-se um conjunto de personagens definidor do mundo celeste: nas duas primeiras arquivoltas, virgens, mártires e confessoras; papas, bispos, diáconos, monges e mártires com a sua palma, como que convidando os que entram no templo a imitarem as suas virtudes. Nas duas arquivoltas seguintes estão os reis de Judá, antepassados de Maria e em cuja linhagem entroncava o próprio Cristo, e os profetas e patriarcas cujo ministério da palavra ou testemunho de vida anuncia o Novo Testamento.
Nave central da igreja – uma das maiores igrejas portuguesas de sempre, eleva-se a 32,5 metros, sendo esta elevação ampliada pelas colunas muito densas que, formando um muro visual contínuo, acentuam o sentido ascensional do espaço. A abóbada de nervuras, com grandes chaves decoradas, deve-se ao mestre Huguet.
Claustro de D. João I – Começado por Afonso Domingues e concluído por Huguet.
Claustro de D. João I – é um dos claustros mais conseguidos de toda a arquitetura portuguesa, pela harmonia das proporções e pela grande elegância do seu trabalho.
Claustro de D. João I – decoração manuelina das arcadas do claustro.
Galeria do Claustro de D. João I .
Casa do Capítulo – a porta de entrada rasga-se em muro cuja espessura é detectável nas cinco arquivoltas do lado de fora e quatro do lado de dentro que a desenham.
Casa do Capítulo – Realçada com cairéis, é ladeada por duas janelas geminadas sobrepujadas por espelhos vazados cujo trabalho, visto do interior da dependência, se impregam, por efeito do contra-luz, de um dramático sentido compositivo que fragiliza a espessura enorme da parede.
Casa do Capítulo - abobada nervurada sem qualquer apoio central, a cobrir todo o espaço. A multiplicidade das diversas nervuras compõe uma delicada estrela de oito pontas, ao centro uma chave de grandes dimensões ostenta o brasão de armas do rei de Portugal.
Túmulo do soldado desconhecido – como símbolo do esforço do povo Português, repousam aquí dois soldados desconhecidos, cujos corpos foram trazidos em 1921, de França e de África.
Túmulo do soldado desconhecido.
O refeitório primitivo, ocupado desde 1924 pelo Museu das oferendas ou Sala do Soldado Desconhecido, é um espaço vasto mas muito austero.
Interior do Museu das oferendas ou Sala do Soldado Desconhecido. Destaca-se o púlpito do leitor (cópia do original), ostentando os brasões do rei D.Duarte e de sua mulher, a rainha D. Leonor de Aragão.
Claustro de D. Afonso V – construído durante o período em que o arquiteto Fernão de Évora dirigiu as obras do mosteiro (1448-1477).
Claustro de D. Afonso V – é o primeiro claustro a ser erguido em dois andares. Destinado à vida diária dos frades dominicanos, a sua simplicidade ainda hoje permite aos visitantes atentos apreenderem algum do misticismo que emana destes espaços claustrais.
Galeria do piso inferior do Claustro de D. Afonso V.
Galerias do piso superior do Claustro de D. Afonso V.
Capelas imperfeitas – mandadas construir por D. Duarte (1391-1438), para seu panteão, não faziam parte do plano inicial do Mosteiro.
Porta de entrada das Capelas Imperfeitas. Concebidas por Huguet, foram continuadas por Mateus Fernandes, a quem se deve o monumental portal de entrada (1509).
Grande Portal das Capelas Imperfeitas – Magnificante arco triumfal, enaltecedor da pessoa do rei D. Manuel I, executado por Mateus Fernandes e incluído no programa grandioso com que o monarca havia decidido terminar as Capelas mandadas fazer pelo rei D. Duarte.
Grande Portal das Capelas Imperfeitas – Pensadas por D. Duarte para panteão da sua família, foram começadas por Huguet, que desenhou uma grande rotunda de oito lados, com sete capels. A morte prematura do rei e, de seguida, do próprio arquiteto, impediu que a obra se concluísse.
Balcão das Capelas imperfeitas - momento único da arte do Renascimento no Mosteiro da Batalha, realizado por Miguel de Arruda em 1533, representa a última tentativa do rei D. João III em concluir as Capelas Imperfeitas.
Capelas imperfeitas – numa das capelas repousam, desde os princípios do século XX, os restos mortais do rei D. Duarte e de sua mulher
Capelas imperfeitas – túmulo duplo de D. Duarte e de D. Leonor - D. Duarte copiou muito de perto, para o seu túmulo e o de sua esposa, o modelo adotado por seu pai, o rei D. João I. A arca só no início do século XX é que foi colocada nas Capelas Imperfeitas, pensadas por D. Duarte para seu panteão mas nunca concluídas.
Artesanato vendido ao lado do Mosteiro.
2 comentários:
Local a visitar, sem dúvida! Em qualquer outro país, este monumento seria visto como uma grandiosa obra. Em Portugal, tendemos a menosprezar o que de bonito há.
O Blog Geopedrados "roubou" uma foto (túmulo de D. Duarte) indicando autoria e origem... Parabéns pelas fotos!
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