“Há mais de cem anos, na segunda metade do século XIX, o Palácio da Ajuda foi residência de um dos últimos reis de Portugal, D. Luís (1838-1889), que reinou a partir de 1861 e que no ano seguinte casou com D. Maria Pia de Sabóia (1847-1911). Aqui nasceram e viveram os seus dois filhos: D. Carlos e D. Afonso.”
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Escadaria para o Andar Nobre.
1 - Escadaria - Em cortejo, formado aos pares, os convidados subiam a requintada escadaria, por onde chegavam ao Andar Nobre…
Escada dos Cortejo e teto - A escada dos Cortejo era uma das escadas utilizadas para ajudar a escoar os convidados no fim das festas. Por aqui saiam os cavalheiros que vinham sem acompanhante. Os pares voltavam a passar pela Escadaria Nobre.
2 - Corredor do Palácio.
Andar Nobre
3 - Salinha Chinesa – Era a primeira sala do Andar Nobre por onde passavam os convidados. O gosto pelo Orientalismo tornara imperativa a existência de um espaço onde arquitetura e decoração enquadrassem objetos orientais ou de gosto oriental. Apesar do nome da sala, grande parte das peças são japonesas, pelo que “chinês” era sinônimo de oriental. Nos dias de gala o acesso à Salinha Chinesa fazia-se pela Escadaria Nobre. A partir daqui a Corte era distribuída, segundo a sua hierarquia, ao longo do percurso até à Sala do Trono onde se encontravam os monarcas.
4 - Sala dos Últimos Quartos do Rei – Quando D. Luís I se mudou para este piso, em 1888, fez desta a sua Sala de Música, tendo a sua decoração ficado registada numa aguarela de Enrique Casanova. Esta sala marcava o limite das dependências privadas; a partir daqui seguiam-se as salas destinadas às recepções oficiais.
5 - Antiga Sala de Bilhar – No início do reinado de D. Luís I era aqui a Sala de Bilhar, que D. Maria Pia veio a transformar em sala de recepção. Em 1866, Procópio executou a pintura decorativa em trompe l´oeil, simulando madeira entalhada no teto, sancas e portas. O papel de parede produzido industrialmente, imita seda, revelando a importância das soluções alternativas em épocas de menores recursos. Em 1886, por ocasião do casamento de D. Carlos com D. Amélia, este parquet foi renovado.
6 - O retrato de D. Maria Pia, que dá nome a esta sala, foi pintado em 1880 pelo pintor francês Carolus Duran. A rainha tinha então 33 anos, em trajo de gala, azul e branco, cores da monarquia portuguesa. Pela sua importância histórica destacamos o mobiliário de assento, que integrou o recheio da nau Príncipe Real, na qual D. João VI e a sua comitiva viajaram para o Brasil, em consequência das invasões napoleónicas.
7 - Diante do retrato da rainha, encontra-se o retrato de D. Luís I em farda de gala, com as mais altas condecorações do reino. Repararam certamente que a coroa se encontra ao lado do rei, sobre uma almofada, aliás como em todos os quadros onde está representada. Os reis portugueses não eram coroados, mas sim aclamados. Por outro lado, a partir de 1640, quando D. João IV aclamou Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa como rainha de Portugal, em reconhecimento pela vitória sobre os espanhóis e a restauração da independência, a coroa deixou de “pertencer” ao rei e era simbolicamente colocada ao seu lado, numa almofada em damasco.
8 - Salinha Verde – Pequena antecâmara que dá acesso aos corredores interiores.
9 - Sala das Senhoras do Corpo Diplomático – As salas mais próximas da Sala do Trono destinavam-se aos convidados do topo da hierarquia de Estado: os diplomatas e, neste caso, às suas mulheres. A Sala das Senhoras do Corpo Diplomático foi decorada com três tapeçarias da Manufatura dos Gobelins, pertencentes à série Costumes Turcos.
10 - Sala do Corpo Diplomático – Os embaixadores e restante Corpo Diplomático, na qualidade de representantes dos respectivos chefes tinham aqui o seu lugar, antes de lhes ser facultada a entrada na Sala do Trono.
11 - Antecâmara da Sala do Trono – Pequena antecâmara, fundamental nas funções protocolares, de onde era anunciado em voz alta o nome do convidado que passava à presença do rei. O papel de parede, pintado e com relevos feitos a poalha de veludo, simulando veludo gauffré é um raro original remanescente do século XIX.
12 - Sala do Trono – Durante quase dois séculos esta foi a sala da mais alta representação da Nação. À entrada do monarca na Sala do Trono os músicos tocavam o Hino da Carta. Aqui tinha lugar a cerimónia de Beija-Mão – na época, uma das mais simbólicas no protocolo de Corte – através da qual os súbditos demonstravam lealdade e obediência ao seu rei. Os tronos são de origem portuguesa, do período joanino (2ª metade do século XVIII). No topo do espaldar têm as armas de Portugal rodeadas por dois anjos tenentes.
13 - Sala do Trono.
14 - Sala do Trono – Teto.
15 - Sala do Trono.
16 - Sala D. João VI - “Segunda Salla”: assim a denominavam os artistas da Real Obra da Ajuda, encarregues da decoração do Palácio, distinguindo-a, deste modo, da Primeira e da Terceira – respetivamente a Sala de D. João IV e a do Trono – que a flanqueavam respetivamente a norte e a sul. Durante quase 200 anos esteve longe do olhar do público mas agora renasce completamente restaurada. A antiga Sala da Música do Palácio da Ajuda surge com a sua designação original: Sala D. João VI.
17 - Sala D. João VI – Teto.
18 - Sala de D. João IV – Esta sala foi reservada, várias vezes, para os representantes do poder legislativo, do poder judicial, para os militares e altas dignidades civis e eclesiásticas. Assim se distribuíam alguns convidados no eixo que ia da Sala do Trono à Sala dos Archeiros (do Andar Nobre). A pintura mural representa o rei D. João IV, primeiro rei da dinastia Bragança, num acontecimento histórico que teve lugar em 1640: a Restauração da Independência de Portugal. Por isso, esta sala é também conhecida como Sala da Restauração.
19 - Sala dos Archeiros - Quando um novo embaixador chegava a Portugal, tinha de apresentar ao rei as suas credenciais – os documentos comprovativos de ser embaixador. Havia sempre uma pequena cerimónia, que era realizada nesta sala.
Já repararam no formato desta sala? Observem as pinturas por cima das portas.
20 - Sala dos Archeiros – Teto.
21 - Sala dos Archeiros – piso.
22 - Sala dos Archeiros.
23 - Maqueta do Real Paço da Ajuda – Atelier Portugal dos Pequeninos, 1999. Maqueta realizada segundo o projeto Neoclássico do Real Paço da Ajuda (1802), da autoria dos arquitetos José da Costa e Silva (1747-1819) e Francisco Xavier Fabri (1761-1817) e oferecida ao palácio pela Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses. Este projeto sofreu alterações posteriores e apenas cerca de um terço foi construído. Inicialmente fora prevista uma escadaria monumental virada a Sul.
24 - Palácio da Ajuda.
25 – Palácio da Ajuda.
26 – Átrio do Palácio da Ajuda.
27 – Estátuas no Átrio do Palácio da Ajuda.