A Guarda é uma cidade portuguesa, capital do Distrito da Guarda que tem uma população residente de 173 831 habitantes. Situada a 1056 metros de altitude, é a mais alta de Portugal. Situa-se na região centro de Portugal, pertence à sub região estatística da Beira Interior Norte. O núcleo urbano da cidade da Guarda tem 31 224 habitantes.
Edifício da Câmara Municipal da Guarda.
A fachada da Igreja da Misericórdia é fortemente marcada pela sua verticalidade, ainda mais evidenciada pelo contraste das paredes brancas com o volumoso e animado trabalho de cantaria - nos portais, janelas, baldaquino e cunhais. A frontaria da igreja é delimitada por duas esbeltas torres sineiras terminadas em balaustradas, com fogaréus nos ângulos, envolvendo os coruchéus moldurados de perfil bojudo e coroados por cataventos. Destacam-se ainda nas torres as suas altas ventanas, em arco de volta perfeita, seguidas inferiormente por dois óculos elipsoidais e duas janelas, sendo a última de pequenas dimensões e a primeira de sacada. A conjugação harmoniosa de todos estes elementos, postos num mesmo eixo desde a pequena janela ao remate em catavento, criam altura e leveza a esta bela fachada setecentista.
O corpo central apresenta-se ligeiramenta avançado, enquadrado por dois cunhais encimados por fogaréus e rematado por frontão de volutas ondeado, encimado por cruz latina. Este corpo é rasgado por um portal sobrepujado por baldaquino e duas janelas. O portal, formado por arco curvo, moldurado por colunas seguidas de frontão curvo interrompido, é rematado por arco conopial. O alfiz encontra-se preenchido pelo volumoso escudo de armas de D. João V.
O templo, de nave única com cobertura em abóbada de madeira, amplo e harmonioso, é animado pela talha barroca joanina dos altares, retábulos e púlpitos.
Edifício Solar Teles de Vasconcelos, datado do século XVIII, onde funcionava a Biblioteca Municipal da Guarda.
Situado no centro histórico da Guarda, tem um solar de granito construído em 1686, com grande terreiro lajeado de acesso à capela. Possui um miradouro com grande vista panorâmica no jardim.
Capela de São Pedro - Capela de planta longitudinal composta por uma nave, uma capela-mor mais estreita e, adossadas, uma sacristia e um campanário. Acredita-se ter sido construída no século XIX sobre uma estrutura pré-existente.
Igreja de São Vicente - Do final do séc. XVIII, reconstruida pelo bispo D. Jerónimo de Carvalhal e Silva e que lhe agregou a residência. Fachada de duas torres sineiras e sobre o portal o orgulhoso brasão do bispo.
Porta do Sol – porta de entrada para a antiga judiaria, marcada pela vivência de uma comunidade judaica do séc. XIII, onde os simbolos mágico-religiosos nas ombreiras das portas são uma presença constante.
Rua Trindade – uma das ruas da judiaria.
Torre de Menagem - em posição dominante sobre a cidade mais alta do país, ergue-se a 1.056 metros do nível do mar.
Torre de Menagem - no topo do monte, é um "ex-libris" da cidade.
Paisagem vista a partir da Torre de Menagem.
Sé Catedral e o antigo convento de Santa Clara, vistos a partir da Torre de Menagem.
Antigo Convento de Santa Clara, atualmente funciona a Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Santa Clara.
Sé Catedral - A construção da actual Sé da Guarda remonta aos finais do século XIV, já no reinado de D. João I — D. Fernando teria falhado na promessa de erguer novo templo —, por iniciativa do bispo Vasco de Lamego, partidário da casa de Avis durante a crise dinática. As obras arrastaram-se lentamente e só no reinado de D. João III seriam concluídas, já em pleno século XVI, sendo por isso um dos monumentos portugueses dos últimos tempos do gótico, com evidências claras da influência manuelina.
Portal principal à “maneira manuelina”, com as suas colunas torsas e arco contracurvado, albergando a imagem da Virgem da Assunção, enquadrado por duas possantes torres sineiras ornamentadas com a heráldica de D. Pedro Vaz Gavião.
Imagem da Virgem da Assunção, padroeira da cidade.
Nave Central da Sé Catedral. O interior é de planta em forma de cruz latina, com três naves de cinco tramos suportadas por esbeltos pilares cruciformes com meias-colunas adossadas, que nos dois últimos possuem notáveis fustes espiralados, sendo a cabeceira formada por três capelas poligonais. A majestosa nave central, iluminada por um clerestório de frestas maineladas, é coberta por uma abóbada de cruzaria de ogivas, cobertura essa que também se observa nas naves laterais.
No altar-mor encontra-se o maravilhoso retábulo de pedra de Ançã mandado fazer cerca de 1553 pelo bispo D. Gregório de Castro, e atribuído à oficina do célebre escultor João de Ruão. Esta obra de excecional dimensão é composta por mais de cem figuras esculpidas, oriundas do Antigo e do Novo Testamento, sendo um dos painéis centrais ocupado pela invocação da igreja, N. S. da Assunção.
Sobre o cruzeiro situa-se o lanternim, que ostenta uma magnífica abóbada estrelada com o fecho decorado com a emblemática Cruz de Cristo.
Aspecto do interior da Sé Catedral.
Passos à volta da memória – uma visita encenada à Sé Catedral da Guarda. Vale a pena participar.
Vista do Convento de Santa Clara e Torre de Menagem, a partir da Sé Catedral.
Vista do Largo a partir da Sé Catedral.
Pelos fins do século XV, inícios do século XVI, os trabalhos da Catedral da Guarda incorporaram um curioso programa de colocação de gárgulas figurativas e de gárgulas em forma de canhão, que ainda hoje constituem um dos mais curiosos e enigmáticos pedaços da história do monumento.
Mestre Valentim, um dos hábeis canteiros que trabalhou com Rosendo Carvalheira no restauro da Sé, terá esculpido algumas gárgulas para substituir aquelas que haviam sido mutiladas ou destruídas. Nessa gárgula, Mestre Valentim quis representar um polícia demasiado rigoroso, com quem os habitantes locais, no inícios do séc. XX, antipatizavam grandemente – a caricatura estaria tão bem conseguida, que nem sequer lhe faltavam os típicos boné e bigodes de polícia, além da existência de uma coleira (atenda-se no simbolismo de coleira e na sua relação com cão de guarda, logo com guarda ou polícia).
“Cú da Guarda” – é uma gárgula colocada num local recôndito, de difícil visão, na absidiola Sul, reflete uma atitude provocatória e de escárnio para com o reino vizinho, relembrando a histórica animosidade existente entre os dois reinos de Portugal e Castela.
“Cú da Guarda” – Essa gárgula exibe um enorme ânus virado para Espanha. Embora existindo outros exemplares semalhantes no território português, esta é pelo seu realismo uma das mais interessantes de todo o conjunto e, à semelhança de outras gárgulas rabo-ao-léu, também aquí são visíveis os órgãos sexuais masculinos entre uns pormenorizados dedos dos pés.
Belo trabalho sobre a riqueza histórica desta nossa bela cidade, BEM HAJA
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