domingo, 26 de junho de 2011

Portugal – Baixa de Lisboa

 

A baixa de Lisboa, também chamada Baixa Pombalina por ter sido edificada por ordem do Marquês de Pombal, na sequência do terramoto de 1755, cobrindo uma área de cerca de 23,5 hectares,situa-se entre o Terreiro do Paço, junto ao rio Tejo, e o Rossio e a Praça da Figueira, e longitudinalmente entre o  Cais do Sodré, o Chiado e o Carmo, de um lado, e a Sé e a colina do Castelo de São Jorge, do outro.

 

SONY DSC                       Praça do Comércio –  mais conhecida por Terreiro do Paço, é uma praça da Baixa de Lisboa situada junto ao rio Tejo,  na zona que foi o local do palácio dos reis de Portugal durante cerca de dois séculos. É uma das maiores praças da Europa, com cerca de 36 000 m² (180m x 200m).

 

SONY DSC                       No centro da Praça do Comércio, vê-se a estátua equestre de D. José, erigida em 1775 por Joaquim Machado de Castro, o principal escultor português do século XVIII. Trata-se da primeira estátua equestre realizada em Portugal, sendo também, um dos primeiros monumentos escultóricos feitos na rua dedicados a uma pessoa viva. A relação da estátua com o Arco da Rua Augusta intensifica de modo espetacular a afirmação do poder real. No seu pedestal, o medalhão representando o Marquês de Pombal e algumas alegorias representam a ação dos Portugueses na Europa e na Índia, ora com um cavalo pisando um guerreiro vencido, ora com um elefante derrubando escravos.

 

SONY DSC                       O Arco da Rua Augusta ou Arco do Triunfo da Rua Augusta, é um arco situado na parte Norte da Praça do Comércio, sobre a Rua Augusta. A sua construção começou em 1775, mas esta primeira versão, viria a ser demolida em 1777 (após o inicio do reinado de D. Maria I e demissão do Marquês de Pombal). Em 1873 recomeça a edificação do arco segundo o projeto do arquiteto Veríssimo José da Costa que remonta a 1843/44, ficando as obras concluídas em 1875.

 

SONY DSC                       Arco Triunfal da rua Augusta - Na parte superior do arco podemos ver esculturas de Calmels, enquanto num plano inferior podemos ver esculturas de Vitor Bastos. As esculturas de Calmels representam a Glória, coroando o Génio e o Valor. As esculturas de Vitor Bastos representam Nuno Álvares Pereira, Viriato, Vasco da Gama e o Marquês de Pombal.

 

SONY DSC                       Arco do Triunfo da Rua Augusta - O texto inscrito no topo do arco remete-nos à grandiosidade portuguesa aquando dos descobrimentos e à descoberta de novos povos e culturas. VIRTVTIBVS MAIORVM VT SIT OMNIBVS DOCVMENTO.PPD “Às Virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento. Dedicado a expensas públicas”.

 

SONY DSC                       Corredor do edifício da Praça do comércio. 

 

SONY DSC                       Rua Augusta - A Baixa é formada por um conjunto de ruas rectas e perpendiculares, organizadas para ambos os lados de um eixo central constituído pela Rua Augusta. Os edifícios têm uma arquitetura semelhante, com rés-do-chão comerciais e andares superiores para habitação. As dimensões de vãos e pés-direitos eram uniformes, o que permitiu a construção mais rápida com recurso a elementos pré-fabricados, como é o caso das cantarias das janelas de dois únicos tipos — um para as fachadas das ruas principais e outro para as fachadas das ruas secundárias.

 

SONY DSC                       Elevador de Santa Justa -  também conhecido como Elevador do Carmo, liga a Rua do Ouro e a Rua do Carmo ao Largo do Carmo, a diferença de nível entre o piso da estação inferior (Rua de Santa Justa, na Baixa) e o da superior (Rua do Carmo) é de trinta metros e constitui-se num dos monumentos mais interessantes da Baixa, centro histórico lisboeta. A estrutura em estilo neogótico foi construída na viragem do século XIX para o XX pelo engenheiro Raoul Mesnier du Ponsard.

 

SONY DSC                       Alto da Torre do elevador de Santa Justa.

 

SONY DSC                       Ruinas do Convento da Igreja do Carmo.

 

SONY DSC                       Vista em direção ao rio Tejo, a partir do alto da torre do elevador de Santa Justa.

 

SONY DSC                       Sé Catedral, vista a partir da torre do elevador de Santa Justa.

 

SONY DSC                       Rio Tejo a partir da torre do elevador de Santa Justa.

 

SONY DSC                       Ao fundo Castelo de São Jorge, vista a partir da torre do elevador de Santa Justa.

 

SONY DSC                       À esquerda Praça do Rossio e à direita Praça da Figueira, a partir da torre do elevador de Santa Justa.

 

SONY DSC                       Teatro Nacional D. Maria II, Praça do Rossio, visto a partir da torre do elevador de Santa Justa.

 

SONY DSC                       Teatro Nacional D. Maria II, Praça do Rossio - Em homenagem à filha de Dom Pedro, foi construído na década de 1840 pelo arquiteto italiano Fortunato Lodi. A fachada deste edifício neoclássico é composta por seis colunas, vindas do Convento de São Francisco, e é rematada por um frontão triangular onde estão esculpidas as figuras de Apolo e das Musas. No alto do frontão é possível vislumbrar a estátua de Gil Vicente, talvez o mais importante dramaturgo português de todos os tempos, considerado o pai do teatro nacional.

 

Gloria Ishizaka - Lisboa - praça do RossioPraça de D. Pedro IV, mais conhecida pelo seu antigo nome de Rossio delimita a norte a área da Baixa Pombalina e é, desde há seis séculos, o coração de Lisboa. Bem no centro da Praça ergue-se numa coluna de 28m de altura, a estátua de D. Pedro IV, o primeiro imperador do Brasil independente, aqui colocada em 1870. Na sua base existem quatro figuras femininas, alegorias à Justiça, à Sabedoria, à Força e à Moderação, qualidades atribuídas a D. Pedro. Em 1889 foram acrescentadas duas fontes monumentais, uma de cada lado da coluna. O pavimento da Praça, em meados do século XIX, foi coberto com a tradicional Calçada Portuguesa, com motivos ondulantes pretos e brancos.

 

SONY DSC                       Praça da Figueira - estátua equestre de bronze de D. João I erguida em 1971, da autoria de Leopoldo de Almeida.

 

SONY DSC                       Rua da Conceição.

 

SONY DSC                       Rio Tejo em frente à Praça do Comércio.

 

SONY DSC                       Na rua Augusta alguns artistas como: o homem estátua….

 

SONY DSC                       …o violinista…

 

SONY DSC                       … o garoto acordeonista…

 

SONY DSC                       e o cão receptor…

domingo, 19 de junho de 2011

Portugal - Guarda

 

A Guarda é uma cidade portuguesa, capital do Distrito da Guarda que tem uma população residente de 173 831 habitantes. Situada a 1056 metros de altitude, é a mais alta de Portugal. Situa-se na região centro de Portugal, pertence à sub região estatística da Beira Interior Norte. O núcleo urbano da cidade da Guarda tem 31 224 habitantes.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Jardim municipalJardim José de Lemos.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - camara municipalEdifício da Câmara Municipal da Guarda.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Jardim joseParque da Saúde.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - igreja da misericórdiaA fachada da Igreja da Misericórdia é fortemente marcada pela sua verticalidade, ainda mais evidenciada pelo contraste das paredes brancas com o volumoso e animado trabalho de cantaria - nos portais, janelas, baldaquino e cunhais. A frontaria da igreja é delimitada por duas esbeltas torres sineiras terminadas em balaustradas, com fogaréus nos ângulos, envolvendo os coruchéus moldurados de perfil bojudo e coroados por cataventos. Destacam-se ainda nas torres as suas altas ventanas, em arco de volta perfeita, seguidas inferiormente por dois óculos elipsoidais e duas janelas, sendo a última de pequenas dimensões e a primeira de sacada. A conjugação harmoniosa de todos estes elementos, postos num mesmo eixo desde a pequena janela ao remate em catavento, criam altura e leveza a esta bela fachada setecentista.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - igreja da misericórdia - interiorO corpo central apresenta-se ligeiramenta avançado, enquadrado por dois cunhais encimados por fogaréus e rematado por frontão de volutas ondeado, encimado por cruz latina. Este corpo é rasgado por um portal sobrepujado por baldaquino e duas janelas. O portal, formado por arco curvo, moldurado por colunas seguidas de frontão curvo interrompido, é rematado por arco conopial. O alfiz encontra-se preenchido pelo volumoso escudo de armas de D. João V.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - igreja da misericórdia - interior 1O templo, de nave única com cobertura em abóbada de madeira, amplo e harmonioso, é animado pela talha barroca joanina dos altares, retábulos e púlpitos.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - paço episcopalPaço episcopal.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - solar teles vasconcelosEdifício  Solar Teles de Vasconcelos, datado do século XVIII, onde funcionava a Biblioteca Municipal da Guarda.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - solar de AlarcãoSituado no centro histórico da Guarda, tem um solar de granito construído em 1686, com grande terreiro lajeado de acesso à capela. Possui um miradouro com grande vista panorâmica no jardim.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - capela de são pedroCapela de São Pedro - Capela de planta longitudinal composta por uma nave, uma capela-mor mais estreita e, adossadas, uma sacristia e um campanário. Acredita-se ter sido construída no século XIX sobre uma estrutura pré-existente.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - igreja são vicenteIgreja de São Vicente - Do final do séc. XVIII, reconstruida pelo bispo D. Jerónimo de Carvalhal e Silva e que lhe agregou a residência. Fachada de duas torres sineiras e sobre o portal o orgulhoso brasão do bispo.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Judiaria - Porta do solPorta do Sol – porta de entrada para a antiga judiaria, marcada pela vivência de uma comunidade judaica do séc. XIII, onde os simbolos mágico-religiosos nas ombreiras das portas são uma presença constante.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - rua da trindade - judiariaRua Trindade – uma das ruas da judiaria.

 

Gloria Ishizaka - Guarda -  Torre de MenagemTorre de Menagem - em posição dominante sobre a cidade mais alta do país, ergue-se a 1.056 metros do nível do mar.

 

Gloria Ishizaka - Guarda -  Torre de Menagem 1 Torre de Menagem - no topo do monte, é um "ex-libris" da cidade.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - vista a partir da Torre de MenagemPaisagem vista a partir da Torre de Menagem.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé Catedral e convento de santa clara - vista a partir da Torre de MenagemSé Catedral e o antigo convento de Santa Clara, vistos a partir da Torre de Menagem.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - antigo convento sta clara - hoje escolaAntigo Convento de Santa Clara, atualmente funciona a Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Santa Clara.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé CatedralSé Catedral - A construção da actual Sé da Guarda remonta aos finais do século XIV, já no reinado de D. João I — D. Fernando teria falhado na promessa de erguer novo templo —, por iniciativa do bispo Vasco de Lamego, partidário da casa de Avis durante a crise dinática. As obras arrastaram-se lentamente e só no reinado de D. João III seriam concluídas, já em pleno século XVI, sendo por isso um dos monumentos portugueses dos últimos tempos do gótico, com evidências claras da influência manuelina.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé Catedral - porta principalPortal principal à “maneira manuelina”, com as suas colunas torsas e arco contracurvado, albergando a imagem da Virgem da Assunção, enquadrado por duas possantes torres sineiras ornamentadas com a heráldica de D. Pedro Vaz Gavião.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé Catedral - exterior - santaImagem da Virgem da Assunção, padroeira da cidade.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé Catedral - nave principalNave Central da Sé Catedral. O interior é de planta em forma de cruz latina, com três naves de cinco tramos suportadas por esbeltos pilares cruciformes com meias-colunas adossadas, que nos dois últimos possuem notáveis fustes espiralados, sendo a cabeceira formada por três capelas poligonais. A majestosa nave central, iluminada por um clerestório de frestas maineladas, é coberta por uma abóbada de cruzaria de ogivas, cobertura essa que também se observa nas naves laterais.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé Catedral  - interior 3No altar-mor encontra-se o maravilhoso retábulo de pedra de Ançã mandado fazer cerca de 1553 pelo bispo D. Gregório de Castro, e atribuído à oficina do célebre escultor João de Ruão. Esta obra de excecional dimensão é composta por mais de cem figuras esculpidas, oriundas do Antigo e do Novo Testamento, sendo um dos painéis centrais ocupado pela invocação da igreja, N. S. da Assunção.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé Catedral tecto 2Sobre o cruzeiro situa-se o lanternim, que ostenta uma magnífica abóbada estrelada com o fecho decorado com a emblemática Cruz de Cristo.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé Catedral - altarAspecto do interior da Sé Catedral.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé Catedral - Passos à volta da memóriaPassos à volta da memória – uma visita encenada à Sé Catedral da Guarda. Vale a pena participar.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé Catedral - piso superiorPiso superior da Sé Catedral.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé Catedral - piso superior 2Piso superior da Sé Catedral.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé Catedral - vista do convento de sta clara e torre de menagemVista do Convento de Santa Clara e Torre de Menagem, a partir da Sé Catedral.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - vista da Sé Catedral - largoVista do Largo a partir da Sé Catedral.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé Catedral - exteriorPelos fins do século XV, inícios do século XVI, os trabalhos da Catedral da Guarda incorporaram um curioso programa de colocação de gárgulas figurativas e de gárgulas em forma de canhão, que ainda hoje constituem um dos mais curiosos e enigmáticos pedaços da história do monumento.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé Catedral - gargula trocada Mestre Valentim, um dos hábeis canteiros que trabalhou com Rosendo Carvalheira no restauro da Sé, terá esculpido algumas gárgulas para substituir aquelas que haviam sido mutiladas ou destruídas. Nessa gárgula, Mestre Valentim quis representar um polícia demasiado rigoroso, com quem os habitantes locais, no inícios do séc. XX, antipatizavam grandemente – a caricatura estaria tão bem conseguida, que nem sequer lhe faltavam os típicos boné e bigodes de polícia, além da existência de uma coleira (atenda-se no simbolismo de coleira e na sua relação com cão de guarda, logo com guarda ou polícia).

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé Catedral - cú da Guarda“Cú da Guarda” – é uma gárgula colocada num local recôndito, de difícil visão, na absidiola Sul, reflete uma atitude provocatória e de escárnio para com o reino vizinho, relembrando a histórica animosidade existente entre os dois reinos de Portugal e Castela.

 

Gloria Ishizaka - Guarda - Sé Catedral - cú da Guarda 2“Cú da Guarda” – Essa gárgula exibe um enorme ânus virado para Espanha. Embora existindo outros exemplares semalhantes no território português, esta é pelo seu realismo uma das mais interessantes de todo o conjunto e, à semelhança de outras gárgulas rabo-ao-léu, também aquí são visíveis os órgãos sexuais masculinos entre uns pormenorizados dedos dos pés.