Situado na zona interior da Beira Alta e pertencendo ao distrito da Guarda, Trancoso é uma das 12 Aldeias Históricas de Portugal. Está rodeado pelos concelhos de Aguiar da Beira, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Meda, Penedono, Pinhel e Sernancelhe.
Paços do Concelho – Edifício em estilo românico/neo-clássico, situado no antigo Terreiro de S.João, com início de construção em 1916, finalizado quatro anos depois. Alberga atualmente os serviços em exclusivo da Câmara Municipal.
Palácio Ducal – é um palacete que pertenceu, por casamento, à Duquesa de Pozen, filha do príncipe Venceslau Gorawsky, herdeiro do trono da Polônia. Sobre a varanda central, ostenta o brasão da família, cujo titular mais importante foi o fidalgo D. António da Costa Coutinho Lopes Tavares e Ornelas.
Antigo Quartel-General de Beresford - Casa do séc. XIV, com alpendre sustentado por três colunas foi, durante a Guerra Peninsular contra as tropas napoleónicas, o quartel-general de Beresford, Conde de Trancoso e Comandante-chefe das tropas anglo-lusas.
Antigo Quartel-General de Beresford – Janela que dá vista aos dois lados.
Pedra em Evocação dos 200 anos da 3ª invasão francesa 1810-2010.
Largo ou Praça D. Dinis. Ao fundo, Igreja de S.Pedro e, à direita, Igreja da Misericórdia.
Pelourinho de Trancoso - Monumento manuelino, contemporâneo do foral novo. O fuste é facetado, sobre quatro degraus e remata com colunelos que formam a gaiola, em número de cinco. A cimeira é cónica e remata com uma esfera armilar. Considerado Monumento Nacional.
Igreja de São Pedro - Em estilo românico, foi do Padroado Real no séc. XVI. Na porta principal, entre esta e a janela da fachada, encontra-se o brasão, duas chaves cruzadas sobrepujadas por uma tiara, simbolizando S. Pedro, o orago.
Igreja da Misericórdia – Construída entre 1742 e 1792, com porta principal encimada pelo escudo real.
Igreja do Convento de Santo António - Trata-se da igreja do desaparecido convento de frades franciscanos. A porta lateral que olha para a vila é em estilo renascentista, com colunas toscanas, caneladas e encimadas por esferas. Sobre a porta há um nicho no qual esteve a imagem de Sta. Clara. Junto da igreja encontra-se um calvário de três cruzeiros.
Capela de Santa Luzia - Data do séc. XII, em estilo românico de transição para o gótico (ogival) com arco cruzeiro. A cabeceira está ornada com chachorrada. No séc. XVIII foi-lhe introduzido o portal que olha ao Sul. O portal deve ter pertencido ao extinto Convento de Santa Clara.
Capela do Senhor da Calçada - À saída das portas de São João, em frente do Cruzeiro do Senhor do Loreto, Data de 1770, em barroco simples. Tem Torre sineira e cruz a encimar a fachada. Diz a tradição que ao cristo desta capela lhe crescem as barbas e os pés.
Capela de São Bartolomeu - Templo reconstruído, ao que se supõe, sobre um já existente. A reconstrução é de 1778 e foi feita em memória dos esponsais de D. Dinis com Isabel de Aragão. Sobrepujado por uma cruz e com seis pináculos nos recortes dos cunhais, com base hexagonal. A parede sul tem uma lápide de azulejos, evocativa do casamento real.
Poço - “Agua clara já eu fui, por minhas mãos me turvei, ninguém diga neste mundo: desta água não beberei. “
Poço do Mestre – Mestre – aquele que ensina, poderia referir-se ao rabi que é o mestre. Também existe possibilidade de este poço de água nascente ter alimentado o Micvé da sinagoga, apesar de não existirem certezas científicas da sua localização.
Casa do Gato Preto ou Leão de Judá – trata-se de um imóvel de raiz medieval com modificações arquitetónicas nos séculos XIX e XX. O que mais caracteriza este imóvel são os elementos esculpidos na fachada principal que alguns autores traduzem como sendo: as portas de Jerusalém, 1 pelicano ou pomba, quatro semblantes, uma preguiça ou a figura de um judeu a entrar na sinagoga e o leão de Judá. Este imóvel terá pertencido a uma família judaica ou ao rabi de Trancoso.
“resh vav, resh vav” – duas inscrições hebraicas.
Inscrições cripto-judaicas interpretadas de acordo com caracteres hebraicos e cabalísticos transmitindo a expressão “oror”, que provavelmente seria a mensagem de alguém que testemunhou o horror de viver uma vida dupla, sempre com o horror de morrer pela incompreensão dos outros em relação à sua fé.
No imóvel 5ºA da Praça D.Dinis, foi descoberta na década de 80 do séc. XX, no interior de uma parede, uma Mezuzáh com um rolo de pergaminho contendo a oração do Shemá.
Portas d’El Rei - Situadas nas muralhas que rodeiam a cidade, a Sul, abertas entre duas torres ameadas. Ostentam o escudo da cidade, lavrado em pedra. Exteriormente formam um arco abatido e interiormente um arco em ogiva (que indica transição para o estilo gótico). Em recuadas épocas, fechavam com grades de pau ou ferro e porta em Madeira.
Portas do Prado - Portas semelhantes às d' El Rei, góticas, mas tendo de ambos os lados da face interior duas guaritas. Subindo a estas muralhas por uma escada na face interna, vislumbra-se a cidade e o centro histórico.
Muralhas que cercam o centro histórico.
Muralhas que cercam o centro histórico.
Porta de entrada do Castelo - O castelo e as muralhas que cercam o Centro Histórico (com 15 torres e cubelos, entre os quais se abriam 4 portas e 3 postigos), são os mais importantes e mais antigos monumentos do concelho de Trancoso. A fortaleza é anterior à Nacionalidade, foi reforçado por D. Dinis com sete torres amuralhadas, quatro das quais vãs. As suas muralhas foram restauradas em 1173, 1282, 1530 e 1940.
Porta de entrada do Castelo, vista do interior. Do lado direito posto de infromação.
Torre de Menagem - A Torre de Menagem, que não ocupa o centro da cidadela, é de configuração rara, em forma de pirâmide truncada, possui uma janela árabe, com arco de volta de ferradura. Esta torre, no tempo do domínio árabe seria torre albarrã onde se guardaria o tesouro do califado e do resultado das pilhagens efectuadas.
Vista a partir da Torre de Menagem.
Vista a partir da Torre de Menagem.
Vista a partir da Torre de Menagem, muralha do Castelo.
Outra perspectiva da Torre de Menagem.
O castelo possui restos de uma torre, que foi capela da cidadela sob invocação de St. Maria Madalena. Este castelo, que os templários tinham recebido por doação, e as muralhas que circundam a cidade estão classificadas como Monumento Nacional.
Flores das praças de Trancoso
Amor Perfeito
Primula
Tulipa.
Doce conventual – Sardinhas doces de Trancoso (deliciosas) – Uma fina camada de massa envolvendo o recheio de ovos moles (não tem cheiro de ovos), coberto com chocolate, açucar e canela. Não é um doce enjoativo, pois é pouco doce e tem o aroma de chocolate e amêndoa.
A História das Sardinhas Doces de Trancoso remonta aos finais do século XVII, altura em que se acredita ter-se iniciado a sua produção no Convento de Freiras da Ordem de Santa Clara, em Trancoso, Portugal.
Lindo castelo!!!!
ResponderEliminarAdorei as flores, as sardinhas doces devem ser deliciosas, estou com saudades dos doces portugueses...
Bjs
Nê
Gostei muito das fotografias, e está tudo muito completo, digo isso porque costumo ir a Trancoso todos os fins-de-semana. Sem dúvida que Trancoso é uma cidade linda!!!
ResponderEliminarUm fim de semana à descoberta... e descobrimos... Trancoso! Valeu a pena, mais um local lindo do nosso Portugal.
ResponderEliminarTrancoso é uma cidade encantadora mas...que raio de ideia foi aquela de "intervencionar" o castelo como o fizeram ?!!!
ResponderEliminarUm verdadeiro crime que se manterá até alguém de bom senso remover a porcaria que um arquitecto ignorante e pateta resolveu fazer para deixar a "sua marca". A entrada na torre de menagem é um verdadeiro achado...da asneira. E agora? É caso para dizer como Cícero:até quando oh Catilina abusarás (abusarão) da nossa paciência?!
Paulo de Magalhães Ramalho